A Eucaristia faz a Igreja
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A Eucaristia faz a Igreja

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A publicação em língua portuguesa do breve estudo do liturgista beneditino Ildebrando Scicolone, professor emérito do Pontifício Instituto Litúrgico em Roma acerca da Eucaristia – l’Eucaristia fa la Chiesa – resultado do convénio diocesano de Roma, realizado em 2010, é uma preciosa ocasião de permanente formação litúrgica.

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Tamanho: 148X210mm
N.º de páginas: 112
ISBN 978-989-8293-92-3
Título original: L’Eucaristia fa la Chiesa
Autor: Ildebrando Scicolone

Nota à edição portuguesa

No mistério de Cristo, a natureza da Eucaristia está intimamente unida à natureza da Igreja: «A Liturgia, pela qual, especialmente no sacrifício eucarístico, “se opera o fruto da nossa Redenção”, contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja» (SC 2). É evidente a importância da liturgia eucarística como lugar privilegiado da redenção, do mistério de Cristo e da genuína natureza da verdadeira Igreja, como recentemente afirmou o Papa Francisco: «A Eucaristia tem o lugar central na Igreja porque é a Eucaristia a “fazer a Igreja”».

A publicação em língua portuguesa do breve estudo do liturgista beneditino Ildebrando Scicolone, professor emérito do Pontifício Instituto Litúrgico em Roma acerca da Eucaristia – l’Eucaristia fa la Chiesa – resultado do convénio diocesano de Roma, realizado em 2010, é uma preciosa ocasião de permanente formação litúrgica. 

Educar para a participação no mistério da fé não é só uma questão de animação litúrgica, mas uma verdadeira pastoral litúrgica, no sentido de uma ciência e uma arte que valorizam a potencialidade comunicativa dos sinais da Liturgia (ritos e orações) e se tornam momento de reflexão sistemática sobre a actividade litúrgica da Igreja na vida da comunidade.

A participação activa dos fiéis é um facto teológico, em razão do Baptismo e da natureza da Liturgia. Não é um elemento secundário, para ser deixado às iniciativas pastorais, mas um aspecto que goza de plena dignidade teológica: um elemento constitutivo da própria natureza da Eucaristia. Por isso, a participação activa dos fiéis deve ser a primeira preocupação do pastor. E o sacramento é constituído para ser frutuoso, não para ser um fim em si mesmo. Isto não significa que sem participação activa dos fiéis o sacramento não seja frutuoso, mas só que a participação activa dos fiéis é o modo ordinário e normal para dar fruto. 

Na excelente comunicação litúrgico-pastoral do Padre Scicolone aparece o vínculo entre a lex credendi (norma da Fé) e a lex orandi (norma da Liturgia), manifestando a mistagogia da Eucaristia que faz a Igreja, antes que seja a Igreja a fazer a Eucaristia, porque a Eucaristia é sacramento que forma o corpo eclesial na fé e é «fonte e centro de toda a vida cristã» (LG 11).

+ José Manuel Garcia Cordeiro

Fátima, 2016

Apresentação

O presente subsídio, fruto do Convénio diocesano 2010 sobre o tema Eucaristia dominical e testemunho da caridade, quer ser uma ajuda para os párocos e os agentes pastorais acompanharem as comunidades, a fim de melhor compreenderem, celebrarem e viverem o Mistério de Cristo e da Igreja. 

Decorreram quase cinquenta anos depois que o Concílio Ecuménico Vaticano II, em 1963, na Constituição sobre a Sagrada Liturgia recomendava vivamente «que todos os fiéis chegassem àquela plena, consciente e activa participação nas celebrações litúrgicas, que a própria natureza da liturgia, exige e que é, por força do Baptismo, um direito e um dever do povo cristão» (SC 14). Devemos reconhecer que as inovações celebrativas e o novo rito, embora enriquecidos, nos anos que sucederam imediatamente ao Concílio, por oportunos itinerários de catequese, não chegaram ainda, salvo raras excepções, à augurada inteligência viva do Mistério celebrado, desejada pelo renovamento litúrgico.

Há mais de trinta anos, um grande pastor e liturgista, Mons. Mariano Magrassi osb, nas premissas de um seu livro intitulado Viver a Eucaristia, apresentava o pensamento de um outro autor que afirmara: «Desde há vinte séculos que repetimos a Ceia do Senhor sem fazer o que Ele fez». E acrescentava: «É um pouco exagerado mas deve fazer-nos reflectir seriamente». Muito caminho resta por fazer para que a celebração da Eucaristia possa tornar-se fonte de vida nova para todos os cristãos. A verificação pastoral que a nossa Igreja com empenho leva por diante tem precisamente isso em vista. É para realizar isso que este texto gostaria de contribuir: tomando como que pela mão os fiéis e, passo a passo, introduzi-los a saborear a alegria de encontrar o Senhor no acto de “partir o Pão”.

Este texto é oferecido antes de mais àqueles que estão empenhados na animação litúrgica – párocos, vigários paroquiais, catequistas, guias das assembleias litúrgicas – mas é oferecido também àqueles fiéis que, singularmente ou em pequenos grupos, desejam entrar na compreensão viva do Mistério do altar, para penetrar no seu significado, valor e importância para a sua vida.

Pensámos em breves e essenciais catequeses sobre a celebração da Santa Missa, introduzidas por proposições tiradas do Catecismo da Igreja Católica ou do posterior Compêndio: uma espécie de “pequeno catecismo eucarístico”.

Pedi ao padre Ildebrando Scicolone osb, que, como preparação para o Convénio diocesano de junho passado nos deu um valioso contributo nos encontros de preparação em muitas Prefeituras, pudesse transcrever algumas das suas conferências sobre a Eucaristia, e propô-las como comentário aos textos do Magistério. Agradeço-lhe de coração a sua disponibilidade.

As páginas que seguem estão divididas em duas partes: na primeira são apresentadas algumas chamadas doutrinais sobre a celebração da Eucaristia e procura-se responder às seguintes perguntas: o que se celebra? quem celebra? porque se celebra? como se celebra? Na segunda parte é explicado o rito da Missa, seguindo as indicações da Instrução Geral do Missal Romano.

Estou confiante que muitos cristãos, ajudados por este texto, ultrapassarão a soleira do rito para participar “no sumo Bem de toda a Igreja”.

Agostinho Card. Vallini

Vigário Geral do Santo Padre, para a Diocese de Roma

EFI

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