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Música de Artur Oliveira
Livro com partituras
Capa dura
Tamanho: 148X210mm
N.º de páginas: 624
ISBN 978-989-8877-82-6
ISMN 979-0-707721-10-0
Música litúrgica a abarcar os Domingos, Solenidades e Festas do Ano.
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Com o título In Aeternum cantabo vem a lume este livro que nos oferece um conjunto de composições de música litúrgica, fruto de um longo tempo de dedicação e criatividade do nosso conhecido e caro Padre Artur Oliveira, a quem desde já felicitamos, membro do presbitério da Diocese de Leiria Fátima, colaborador do Secretariado Nacional de Liturgia e durante vários anos capelão e maestro do coro do Santuário de Fátima. Como diz o autor, esta obra abarca os Domingos, Solenidades e Festas do Ano Litúrgico na maioria com os textos consagrados no Missal e Lecionários.
Desde logo, ao escolher o título da obra, “Cantarei eternamente” as misericórdias (maravilhas) do Senhor, o autor deixa ver a compreensão da música litúrgica que está presente nas suas composições e deseja comunicar aos fiéis, particularmente aos cantores, segundo a orientação do Concílio Vaticano II, na Constituição sobre a Sagrada Liturgia: “O canto sagrado, unido às palavras, é parte necessária ou integrante da Liturgia solene ...atendendo à finalidade da música sacra que é a glória de Deus e a santificação dos fiéis (n. 112). Esta compreensão é muito bem explicitada pelo Papa Bento XVI na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis sobre a Eucaristia: “Na arte da celebração, ocupa lugar de destaque o canto litúrgico... O povo de Deus, reunido para a celebração, canta os louvores de Deus. Na sua história bimilenária, a Igreja criou, e continua a criar, música e cânticos que constituem um património de fé e amor que não se deve perder. Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; a propósito, é necessário evitar a improvisação genérica ou a introdução de géneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia. Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração; consequentemente, tudo – no texto, na melodia, na execução – deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos” ( 42).
À partida significa que a música e o canto não são um mero ornamento ou embelezamento do culto, um acrescento à celebração para a tornar mais bela e agradável. Eles fazem parte da própria atuação da Liturgia dentro das duas finalidades evocadas, a glória de Deus e a santificação dos fiéis. Uma boa e bela música litúrgica ajuda os fiéis a participar nos divinos mistérios de alma e coração, com os sentidos e os sentimentos, ajuda a compreender e interiorizar a mensagem da Boa Nova. A música chega onde não chegam as palavras, a pregação ou as conferências. Vai direta ao coração e à mente. Exprime o inefável. Muitas pessoas foram (ou são) tocadas no íntimo da alma e sentiram-se de novo atraídas por Deus através da música litúrgica. É exemplar e tocante o testemunho de Santo Agostinho: “Quanto eu não chorei, de profunda comoção, ao escutar os teus hinos e cânticos ressoando suavemente na tua Igreja. Aquelas vozes insinuavam-se nos meus ouvidos e a verdade infiltrava-se no meu coração e daí transbordava o sentimento de piedade, corriam as lágrimas e eu sentia-me consolado”. E mais tarde, recordando esta experiência da sua conversão, exclama: “Contudo, quando me lembro das lágrimas derramadas ao ouvir os cânticos da Igreja, nos primórdios da recuperação da minha fé, e quando mesmo agora me comovo, não com o canto, mas com as coisas que se cantam, quando são cantadas com uma voz clara e uma modulação perfeitamente adequada, reconheço de novo a grande utilidade desta prática”.
Num famoso sermão, Santo Agostinho realça também como o canto é expressão bela, alegre e vibrante da vida nova em Cristo. “O homem novo conhece o cântico novo. O cântico é uma manifestação de alegria e, se considerarmos melhor, um sinal de amor”. De facto, aqueles que cantam com o coração, com arte e com alma, amam o que cantam, Aquele a quem cantam e aqueles com quem cantam. O canto cria comunhão e comunidade. Cantamos a Cristo porque o amamos e nele encontramos a fonte da nossa alegria.
Podemos e devemos pois dizer que a música e o canto litúrgico são um caminho de evangelização a todos os níveis, desde as crianças aos adultos, enquanto elevam os nossos corações para o alto, para Deus, e os unem no louvor e na ternura.
Felicito mais uma vez o Padre Artur por esta volumosa obra que vem enriquecer o património da música litúrgica no nosso país e faço votos de que ajude o povo de Deus a cantar, interiorizar, saborear e testemunhar a beleza da presença, da santidade e da misericórdia do Senhor no meio do seu povo, da comunhão fraterna e da alegria do Evangelho.
X Cardeal António Marto
Bispo de Leiria-Fátima
Pierre Carraz, e vários outros nomes sonantes (Auguste Guénan, Jos Lénards, Souberbielle, Père Brouyer e outros...) influenciaram na juventude (anos 60) nas célebres Semanas Gregorianas da veneranda e sempre digna gregorianista D. Júlia de Almendra (ainda não se fez a verdadeira e grande história das Semanas Gregorianas do Centro de Estudos Gregorianos de Lisboa – pena!).
Aí se bebeu, em tempos fortes e aprofundados, o gosto pela música litúrgica. Vigorava o Latim e o Gregoriano como música oficial da Igreja.
As mudanças do Concílio Vaticano II (1964) para língua vernácula, mesmo que declarasse como música oficial o Gregoriano, trouxeram a grande euforia que, a princípio, um pouco selvática, em adaptações feitas a partir do francês, do espanhol, espirituais negros em abundância, aproveitando tudo o que era e não era litúrgico, P. Zezinho incluído, para além dos compositores que iniciavam alguma renovação na música litúrgica do país.
Pingo aqui, pingo ali, a corrente levou muito tempo a engrossar, até que, por muitas e diversas circunstâncias, mesmo adversas, começou a desaguar.
Música litúrgica a abarcar os Domingos, Solenidades e Festas do Ano, na maioria com os textos consagrados no Missal e Lecionários.
Aí está! Ao dispor de quem quiser aproveitar.
Artur Oliveira