Livro do Salmista – Ano C
Seleção de Salmos Responsoriais para o Ano C, destinada aos domingos, solenidades e festas do Senhor.
Partituras de vários autores
Tamanho: 170X245mm
N.º de páginas: 360
ISBN 978-989-9081-08-6
ISMN 979-0-707721-13-1
1ª edição: dezembro de 2021
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O Secretariado Nacional de Liturgia e o Serviço Nacional de Música Sacra apresentam esta seleção de Salmos Responsoriais para o Ano C, destinada aos domingos, solenidades e festas do Senhor.
Em resposta ao espírito do Concílio Vaticano II, os diversos compositores em Portugal começaram a musicar os Salmos Responsoriais em vernáculo para a Liturgia. Os Salmos Responsoriais musicados pelo Padre Manuel Luís, devido à sua ampla divulgação, têm sido os mais conhecidos nas nossas celebrações litúrgicas.
Esta seleção resulta de uma vasta recolha de salmos presentes em diversas publicações, pequenos opúsculos, revistas e manuscritos, tendo presidido à escolha os seguintes critérios:
– fidelidade aos textos dos refrães (há domingos com diversas opções), tendo em conta também que alguns foram feitos com outras traduções outrora em voga;
– qualidade musical: optou-se sempre pelas melhores versões, tendo em conta o respeito pela métrica do texto, a retórica musical, construção melódica (alguns dos salmos foram revistos pelos autores [cf. índice, indicação com *]);
– acessibilidade a todos em função das suas capacidades, tendo-se privilegiado as estrofes na forma de salmodia.
Quando houve necessidade, a equipa de trabalho do Serviço Nacional de Música Sacra tomou a iniciativa de compor ou encomendar a música para alguns salmos, de forma a enriquecer as celebrações com menos opções.
Nos critérios editoriais, optou-se por uniformizar a escrita musical relativamente às fontes, sem prejuízo da música na sua execução.
Em cada domingo e dentro dos refrães indicados, os salmos são apresentados por ordem alfabética dos autores.
Sempre que a forma musical das estrofes o permitiu, optou-se por atualizar o texto pela tradução vigente do Lecionário.
Habitualmente, o Salmo Responsorial, que é parte integrante da Liturgia da Palavra, deve ser cantado (cf. OLM 20). Procure-se que em cada celebração exista um salmista bem preparado, capaz de desempenhar com competência a função a que é chamado (cf. IGMR 102).
Na celebração da Eucaristia, os salmos apresentados poderão ser cantados nos seguintes modos:
– forma responsorial: intercalar as estrofes com o refrão cantado pela assembleia;
– forma direta: o refrão é cantado no início, cantam-se as estrofes seguidas, e repete-se o refrão apenas no fim;
– forma mista: o refrão é cantado, mas as estrofes são recitadas.
O salmo atinge a plenitude da sua função ao ser cantado na Liturgia, pois, na sua génese, os salmos foram escritos para serem cantados. Além disso, «o canto do salmo, ou apenas do refrão, ajuda muito a entender o sentido espiritual do salmo e favorece a sua meditação» (OLM 21).
Com efeito, «nos salmos encontramos todos os sentimentos humanos: alegrias, tristezas, dúvidas, esperanças e amarguras que dão cor à nossa vida. O Catecismo afirma que cada salmo “é de tal sobriedade que pode, com verdade, ser rezado pelos homens de qualquer condição e de todos os tempos” (CIC 2588). Ao ler e reler os salmos, aprendemos a linguagem da oração. Efetivamente, com o seu Espírito, Deus Pai inspirou-os no coração do rei David e de outros orantes, para ensinar cada homem e cada mulher a louvá-l’O, a dar-lhe graças, a suplicá-l’O, a invocá-l’O na alegria e na tristeza, a narrar as maravilhas das suas obras e da sua Lei. Em síntese, os salmos são a palavra de Deus que nós, humanos, usamos para falar com Ele» (Papa Francisco, Catequese sobre a Oração, 14 de outubro de 2020).
Neste processo sinodal convocado pelo Papa Francisco, esperamos que este subsídio da Igreja portuguesa seja uma valorização do carisma, ministério e serviço do salmista, de modo a prosseguir os caminhos e respostas pastorais para a comunhão, participação e missão da Igreja sinodal.
Todos os fiéis, ao participar ativa, consciente e frutuosamente na Liturgia, tornam-se comunhão e, enquanto tal, estão prontos para a missão.
X José Manuel Garcia Cordeiro
Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade