A Missa ontem e hoje
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A Missa ontem e hoje

5,00 €
Com IVA

(2ª edição)

Pierre Jounel

Formato: 148X210 mm
144 páginas

ISBN: 978-989-8293-86-2


O que é a Missa? Podemos responder com o Cura de Ars “que só, no Céu o saberemos bem”. Mas também podemos responder com os Apóstolos, os Mártires, os Padres da Igreja e os Santos que, não só viveram deste Mistério da fé, mas procuraram com todas as suas forças compreender-lhe a liturgia.

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O que é a Missa? Eis um livro simples para o aprender (ou o reaprender). O seu autor oferece-nos uma informação clara e precisa sobre a celebração da Eucaristia tal como o Vaticano II no-la fez redescobrir. Cada um dos seus capítulos é uma verdadeira catequese, onde o amor do Mistério convida à sua compreensão activa, em clima de oração. 

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Apresentação 


É-nos muito grato poder apresentar a segunda edição em língua portuguesa, A Missa, ontem e hoje, a obra de Mons. Pierre Jounel, La Messe, hier et Aujord‘hui. O Secretariado Nacional de Liturgia com a Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade sentem a necessidade de revisitar este magnífico estudo bíblico, patrístico, litúrgico, histórico, pastoral e espiritual escrito acerca da Eucaristia, o mistério de todos os mistérios da fé da Igreja. 

Em 1988, na primeira edição em língua portuguesa, Mons. Aníbal Ramos escreveu sobre a obra e sobre o tradutor, o nosso tão estimado Padre José de Leão Cordeiro: «A presente tradução é homenagem de um discípulo e admirador de Mons. Jounel, àquele que foi um dos mais importantes artífices da reforma litúrgica, ao Mestre na arte de ensinar Liturgia como quem conta uma história que entusiasma e emociona, e ao Homem simples e amigo no seu contacto com todos os alunos mais particularmente com os estrangeiros que frequentavam o Instituto Superior de Liturgia de Paris». 

Este livro continua a ser um contributo excelente para a educação litúrgica nas nossas comunidades cristãs. É tão necessário transmitir o grande depósito vivo da fé! Na Liturgia, um dos problemas mais difíceis de resolver hoje, continua a ser a própria transmissão do verdadeiro e autêntico sentido da liturgia da Igreja. Às vezes existe algum cansaço e até a tentação de voltar a velhos formalismos ou da aventura do espectacular. Outras vezes confunde-se a comunicação com os meios de comunicação e isto é um desastre para a arte de comunicar. A demasiada tecnologia, a intelectualização podem destruir a comunicação na liturgia, que é essencialmente acção comunicativa do sempre mesmo e único mistério de Cristo. Celebrar a sua Memória é incarnar o seu mandato e desejo: «fazei isto em memória de Mim» (Lc 22,19). 

Conscientes de que a Igreja vive da Eucaristia, a assembleia do povo santo de Deus congregado em nome da Santíssima Trindade e com «o Livro e o Cálice», auguramos que floresça uma renovada pastoral litúrgico-sacramental e nunca faltem os verdadeiros servidores do admirável sacramento do Mistério pascal. 

A Eucaristia é de ontem, de hoje e para sempre, como aclamamos no hodie do mistério da fé, isto é, o mistério da Morte e Ressurreição de Cristo e profecia da sua última vinda: «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus». 

+ José Manuel Garcia Cordeiro 
Bispo de Bragança-Miranda 
Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade
 



Testemunho na primeira pessoa 

Conheci o Padre Pierre Jounel nos anos 1968-1970, no Instituto Superior de Liturgia de Paris. Como Homem era simples e próximo de quem dele se abeirava. Como Professor dava o melhor de si mesmo aos estudantes que frequentavam aquela Escola, particularmente aos estrangeiros que, por isso, guardam dele uma recordação inapagável. Como Mestre na arte de ensinar Liturgia ou de escrever sobre ela, fazia-o como quem conta uma história que entusiasma e emociona, de maneira simples, clara e profunda. Ainda hoje, não há escrito seu que não prenda quem o lê. 

O Concílio Vaticano II deu-lhe oportunidade de pôr o seu saber e o seu amor pela Liturgia ao serviço de toda a Igreja. Consultor de várias instâncias eclesiais romanas, gozou de toda a confiança e afeição do Papa Paulo VI, o grande obreiro da reforma litúrgica, que o chamava frequentemente a Roma para ouvir a sua opinião sobre assuntos delicados. Os alunos diziam, não sei se a brincar ou a sério, que ele tinha a chave dos locais de trabalho contíguos aos aposentos do Papa. 

Deu um valiosíssimo contributo em vários sectores da reforma como membro do Consilium. Citamos, sem pretendermos ser completos, a Instrução Geral do Missal Romano (cujo Proémio viria a escrever, a pedido do Papa, posteriormente à 1.ª edição), o Ordinário da Missa, o Leccionário do Missal Romano, o Calendário (do qual foi relator), os Ritos particulares do ano litúrgico, grande parte do Pontifical, o Ritual da Penitência, a Estrutura geral do Ofício divino e respectivas leituras bíblicas e os Ritos da Capela papal, nomeadamente o das Exéquias dos Papas, utilizado pela primeira vez nos funerais de Paulo VI, cujas imagens correram o mundo todo e ficaram gravadas nos olhos de quem viu a sua sobriedade e verdade. 

Quando era consultado acerca de temas litúrgicos respondia com rara clareza e sentido pastoral. Sabia, como ninguém, levar outros a descobrir e a apreciar o sentido da Liturgia renovada, através de conferências e publicações numerosas e variadas. Entre elas recordo as suas contribuições na Maison-Dieu, que dirigiu durante vários anos, a sua tese sobre «O culto dos santos nas basílicas do Latrão e do Vaticano no século XII», o Missal dos fiéis (dos domingos e de semana), o Livro dos sacramentos, etc. 

Ao fazer 90 anos escreveu: «Resta-me dar graças ao Senhor por me ter chamado a dar o meu humilde contributo para a renovação da celebração da Eucaristia na Igreja romana». «A Missa, ontem e hoje» é um desses contributos, que ocupa lugar cimeiro como síntese de rara beleza e de profundo saber. 

Nos arquivos do Secretariado Nacional de Liturgia guarda-se a correspondência trocada entre Mons. Aníbal Ramos e Mons. Pierre Jounel a propósito da publicação em Portugal desta obra a todos os títulos exemplar. 

A primeira carta tem a data de 08.04.1987. Diz Mons. Aníbal: «Tendo lido “La Messe – hier et aujourd’hui” – e depois de ter apreciado a importância, a oportunidade e a beleza deste livro excelente, venho pedir a vossa permissão pessoal para a edição portuguesa desta obra; tenho o prazer de informar que o tradutor da edição portuguesa é o antigo aluno de V. Rev.ª no Instituto Superior de Liturgia de Paris e membro do nosso Secretariado Nacional de Liturgia, o Padre José de Leão Cordeiro; pediu-me para vos saudar em seu nome com profundo respeito e viva admiração». 

A resposta de Mons. Pierre Jounel tem a data de 18.04.1987: «Acabo de receber a sua carta; é com alegria que recebo este vosso pedido de tradução para português do meu livro sobre a Missa; a tradução japonesa deve aparecer pela Páscoa; as traduções italiana e espanhola estão em marcha; estou confundido com esta marca de amizade dos meus antigos alunos e agradeço vivamente ao Padre José de Leão Cordeiro a iniciativa que tomou entre vós…». 

Após várias peripécias que se arrastaram por mais de um ano, motivadas pela demora da autorização da editora francesa, em 16.08.1988 Mons. Jounel agradece os dez exemplares que lhe foram enviados de «A Missa, ontem e hoje» com palavras que exprimem a sua grandeza de alma: «A apresentação é mais bela que a da edição francesa», e às quais Mons. Aníbal Ramos responde, em 23.08.1988, nos seguintes termos: «Não poderia deixar de vos agradecer a vossa carta de 16 de Agosto e sobretudo a vossa generosa apreciação da edição portuguesa; mandei ao P. Leão Cordeiro a carta que lhe dirigiu; estou certo de que ela lhe dará muita alegria e felicidade; asseguro-vos que o vosso magnífico livro sobre a Missa irá contribuir eficazmente para a formação litúrgica e eucarística dos padres e leigos de Portugal». 

Esta 2.ª edição da obra ímpar de Mons. Pierre Jounel é a confirmação das palavras de Mons. Aníbal Ramos. Só se reedita um livro que é procurado e lido. 

José de Leão Cordeiro

Formato: 148X210 mm

144 páginas

ISBN 978-972-8286-86-2

GC-MOH