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Arquitetura e Artes para a Liturgia: que lugares?

8,00 €
Com IVA

Serviço de Arquitetura e Artes para a Liturgia (Org.)

Tamanho:148X210mm

N.º de páginas: 72

ISBN 978-989-9288-05-8

Coleção: Cadernos Kalós – 1

Excerto e índice »

O Secretariado Nacional de Liturgia inicia com este volume uma nova coleção de títulos relacionados com os temas de arquitetura e artes para a liturgia. «As belas artes, e muito especialmente a arte religiosa, e o seu mais alto cume que é a arte sacra, tendem por natureza a exprimir, de algum modo, nas obras saídas das mãos do homem, a infinita beleza de Deus, tendo como finalidade conduzir o espírito do homem até Deus» (cf. SC 122). 

O primeiro número reúne os artigos surgidos no âmbito da I Jornada Nacional de Arquitetura e Artes para a Liturgia realizada em 2024. Outros ensaios ou coletâneas de textos seguir-se-ão na mesma esteira.

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Na saudação inicial, D. José Cordeiro começa por sublinhar que «a arquitetura e as artes para a Liturgia não se improvisam, requer-se formação e aplicação assídua interdisciplinar». Prossegue citando Romano Guardini, Louis Bouyer e Mario Botta, para concluir que «O edifício da igreja é, pois, assim a casa da Igreja, isto é, morada da comunidade convocada. Os arquitetos, os engenheiros, os pintores, os escultores, todos os artistas são corresponsáveis pela beleza, verdade e autenticidade da celebração da Liturgia».

Giuseppe Midili apresenta-nos uma reflexão sobre a arquitetura e as artes para a liturgia intitulada O Verbo fez-se carne, a pedra tornou-se teologia. O texto inicia com uma abordagem etimológica às principais palavras ligadas à arquitetura e artes para a liturgia, seguindo-se uma reflexão sobre a ars como capacidade de ação humana e as possíveis implicações decorrentes da justaposição dos conceitos na arquitetura litúrgica. O artigo prossegue levantando a questão sobre que lugar de celebração pode acolher o sublime, seguindo-se alguns parágrafos sobre artistas e artesãos para uma ars ao serviço da celebração. Conclui-se apresentando considerações finais onde refere: «Por isso, a Igreja Mãe, fiel à sua vocação de povo que caminha na história, adaptará sempre as suas igrejas, para seguir a cultura do santo povo fiel de Deus que nelas celebra, na sua vida quotidiana, o único mistério de amor do Pai, do Filho e do Espírito, e no qual ela eleva continuamente a sua súplica: vem, Senhor Jesus. E ele responde: Sim, eu venho em breve!».

O artigo de António Jorge e André Cerejeira Fontes, a partir da última remodelação da Igreja de Cedofeita, no Porto, faz também uma reflexão sobre a arquitetura e as artes para a liturgia. O texto, depois de mencionar os factos que deram origem à intervenção, apresenta as opções tomadas no projeto relativas ao espaço e centralidade, nitidez, luz, iluminação e perceção, altar e ambão, tabernáculo, arte sacra, batistério e corta-vento. Termina com quatro notas sobre o espaço onde se valoriza o silêncio: «Os espaços de silêncio sempre foram espaços com atmosferas capazes de manifestar Aquele que não se vê, de se compreender Aquele que não se conhece».[1]

A artista Dina Figueiredo é a autora do vitral intitulado A esperança, a imagem desta Jornada. No seu artigo dá-nos uma descrição do objeto e a razão da sua escolha, afirmando: «Se a espiritualidade é a base de cada trabalho, o que procura produzir brota do íntimo, ‘transmite aquilo que na alma não morre’, comunica atmosferas de luz, de paz de valores que tocam a alma».

O último texto, com a pretensão de apresentar algumas notas conclusivas, lança o desafio de que os lugares da arquitetura e artes para a liturgia possam provocar assombro pleno de harmonia, clara manifestação da atratividade da beleza, bondade e verdade que é a vida de cada cristão na esteira de Jesus Cristo, o bom e belo Pastor.



[1]             Na impossibilidade de incluir todas as imagens mostradas na conferência em 9 de novembro de 2024, juntamos um código QR que dá acesso à totalidade da apresentação.

 

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