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Atas do 5.º Congresso Eucarístico Nacional
Partilhar o Pão, alimentar a Esperança – Reconheceram-n’O ao partir o pão (Lc 24,35)
Esta publicação reúne os textos e algumas fotografias do simpósio, das celebrações e da peregrinação de encerramento do grande acontecimento da Igreja sinodal eucarística que decorreu em Braga de 31 de maio a 2 de junho de 2024.
O partir do pão é o próprio Cristo que é partido no pão da Eucaristia, da caridade, no encontro com os pobres, os mais vulneráveis, os mais frágeis, com todas as necessidades do mundo em que vivemos para que tenhamos este sentido de plenitude e sejamos capazes, à luz das Escrituras, reconhecê-los em todas as pessoas e situações da comunidade neste tempo tão delicado.
Tamanho: 160X230mm
N.º de páginas: 408
ISBN: 978-989-9081-85-7
1.ª edição: novembro de 2024
Inclui caderno com 32 páginas a quatro cores.
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Prefácio
A celebração do 5.º Congresso Eucarístico Nacional, sob o lema partilhar o pão, alimentar a esperança – «reconheceram-n’O ao partir o pão» (Lc 24, 35), foi um dom da graça para a Igreja que peregrina em Portugal, no centenário do primeiro Congresso Eucarístico Nacional e no ano da oração proposto pelo papa Francisco rumo ao Jubileu 2025.
O 5.º Congresso Eucarístico Nacional aconteceu em cinco andamentos: a breve preparação nas dioceses, praticamente desde setembro de 2023, após a feliz realização da Jornada Mundial da Juventude, Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023; a celebração da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo nas dioceses, 30 de maio de 2024, o simpósio no Fórum Braga, de 31 de maio e 1 de junho de 2024, a peregrinação da Sé de Braga ao santuário do Sameiro, a 2 de junho de 2024, com a celebração eucarística conclusiva presidida pelo Cardeal José Tolentino Mendonça, Legado Pontifício para o Congresso.
Esta publicação reúne os textos e algumas fotografias do simpósio, das celebrações e da peregrinação de encerramento do grande acontecimento da Igreja sinodal eucarística que decorreu em Braga de 31 de maio a 2 de junho de 2024. À luz do paradigma de Emaús somos peregrinos eucarísticos para a missão do Evangelho.
Há uma bela expressão cunhada pelo teólogo H. Du Lubac: “a Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja”. Explicando melhor, afirmou: «tudo nos convida então a considerar as relações que ligam a Igreja e a Eucaristia. Entre uma e outra corre uma causalidade recíproca. Cada uma, por assim dizer, foi confiada à outra pelo Salvador. É a Igreja que faz a Eucaristia, mas é também a Eucaristia que faz a Igreja». Sim, «a Igreja faz a Eucaristia. O seu sacerdócio foi instituído principalmente por este motivo: “fazei isto em memória de Mim”».
A Igreja celebra a Eucaristia para se construir a si mesma, pedindo que seja sempre mais unida e mais perfeita. O corpo eclesial reunido cresce e constrói-se para a escatologia, ao ritmo da frequência da celebração eucarística.
Em Emaús, no dia de Páscoa, os apóstolos reconheceram Jesus ressuscitado, ao partir o pão. Só à luz da Páscoa podemos celebrar e viver a Eucaristia. A partir da Eucaristia a Igreja faz-se sinodal, samaritana e missionária.
O partir do pão é o próprio Cristo que é partido no pão da Eucaristia, da caridade, no encontro com os pobres, os mais vulneráveis, os mais frágeis, com todas as necessidades do mundo em que vivemos para que tenhamos este sentido de plenitude e sejamos capazes, à luz das Escrituras, reconhecê-los em todas as pessoas e situações da comunidade neste tempo tão delicado.
X José Manuel Garcia Cordeiro
Arcebispo Metropolita de Braga
Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade e Delegado Nacional para os Congressos Eucarísticos