- Novo
O Acólito: Ministério na Comunidade
Autor: Serviço Nacional de Acólitos
Tamanho: 148X210mm
N.º de páginas: 136
ISBN 978-989-9081-58-1
Excerto e Índice »
A direção do Serviço Nacional de Acólitos preparou esta publicação com o objetivo de entregar aos acólitos de Portugal um subsídio que sirva de trabalho aos grupos das diferentes comunidades para que possam ter material de reflexão, estudo e oração e assim ajudar na formação contínua dos acólitos, bem como na sua espiritualidade.
Prefácio
Temos bem na memória agradecida, as palavras que o nosso querido Papa Francisco escreveu, por ocasião da XXVª peregrinação anual dos Acólitos:
«Por favor, querido acólito, não te deixes cair na mediocridade, que rebaixa e nos torna cinzentos. Mas a vida não é cinzenta, a vida deve apostar em grandes ideais. Não sigas pessoas negativas, mas continua a irradiar à tua volta a luz e a esperança que vêm de Deus! Como sabes, esta esperança não desilude; nunca desilude! Com Deus, nada se perde, mas sem Ele tudo está perdido. Não tenhas medo, pois, de lançar-te nos braços do Pai do Céu, e confiar n’Ele, que providenciará fazer de ti o santo original que Ele quer».
Servir ao altar é servir a Cristo e aos irmãos, não só na celebração litúrgica, mas na liturgia da vida de cada dia. Servi a Cristo na Família, na Paróquia, na Escola, nos mais pobres, nos mais idosos, nos doentes, ou melhor a todos os que precisarem de vós.
O acólito é peregrino por Cristo, com Cristo e em Cristo, como rezamos na doxologia da Oração Eucarística. Em cada Eucaristia temos 3 procissões (entrada, preparação dos dons e comunhão) que visibilizam este itinerário do serviço ao altar, que é Cristo, a nossa Páscoa. Da peregrinação à conversão do coração, reaprendamos o sentido da comunicação na Liturgia, que acontece de modo eloquente nos ritos e nas orações e, sobretudo, no silêncio orante.
Francisco, o patrono dos acólitos portugueses, experimentou Deus na simplicidade do coração e conseguiu ver o invisível e dizia: «nós estávamos a arder, naquela luz que é Deus, e não nos queimávamos. Como é Deus! Não se pode dizer». Nestas palavras Francisco, sem o saber, traduziu o sentido da Liturgia.
Fazer aquele pouco que depende de mim é o contributo positivo que cada um pode oferecer à comunhão e à unidade da Igreja. A verdade está no coração de quem sabe amar e servir.
Os vários ministérios operantes no interior da celebração, para o bem do povo de Deus não são funções de poder, mas de diaconia que deriva do sacerdócio de Cristo. A regra de ouro de cada ministro ou simples fiel no exercício da sua função é «fazer tudo e só o que é da sua competência, segundo a natureza do rito e as leis litúrgicas» (SC 28).
O sacramento do Altar leva-nos ao sacramento do irmão, isto é, a Missa leva à Missão.
A Igreja presente em Portugal, em cada uma das nossas Dioceses alegra-se com a vossa juventude e entusiasmo no serviço da Liturgia. Agradecemos, por isso, ao Serviço Nacional de Acólitos, a publicação destes importantes textos.
X José Manuel Garcia Cordeiro
Arcebispo Metropolita de Braga
Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade
Apresentação
Há já algum tempo que a equipa da Direção do Serviço Nacional de Acólitos tem estado a querer entregar aos acólitos de Portugal um subsídio que servisse de trabalho aos grupos das diferentes comunidades para que pudessem ter material de reflexão, estudo e oração e assim ajudar na formação contínua dos acólitos, bem como ajuda à espiritualidade do acólito.
Com a celebração dos 25 anos da Peregrinação Nacional de Acólitos a Fátima, em maio de 2021, surgiram alguns documentos que não poderíamos deixar de ter presentes e de querer que eles chegassem ao maior número de acólitos. Nestes documentos destacamos a Carta que o Papa Francisco escreveu aos acólitos portugueses e também a Nota que a Conferência Episcopal Portuguesa publicou por essa ocasião. Também a homilia da 25ª Peregrinação Nacional de Acólitos, proferida pelo Senhor Cardeal D. Jean-Calude Holerich, Arcebispo do Luxemburgo e Presidente do Coetus Internationalis Ministrantium, é um documento a valorizar. A estes documentos juntámos uma síntese histórica e pastoral sobre os acólitos feita por vários elementos do Serviço Nacional de Acólitos.
Achámos também importante juntar a estes documentos outros elementos que ajudassem os acólitos a aprofundar a sua espiritualidade. Conhecer os patronos, São Francisco Marto e São Tarcísio é algo muito importante para o acólito melhor poder viver a santidade que recebeu no batismo e que tem nestes dois santos um testemunho de como a viver. Estes são dois textos que olham de uma forma especial para cada um dos santos e o ligam à espiritualidade e vida do acólito. O de São Francisco Marto foi escrito por um elemento da postulação para a sua canonização, ao passo que o São Tarcísio é a catequese que o Papa Bento XVI fez aos acólitos presentes na Peregrinação Internacional a Roma em 2010.
Além dos textos sobre vida dos patronos dos acólitos, encontramos uma catequese sobre o discipulado e vários esquemas de orações que os acólitos poderão aproveitar para fazer em grupo ou individualmente.
É nosso desejo que esta publicação seja de facto uma ajuda na formação de cada grupo de acólitos. Olhar para estes documentos e textos, estudá-los, analisá-los e rezá-los é o que propomos a todos vós.
Serviço Nacional de Acólitos