Lecionário Ano B (II)
Ano B (II)
Formato: 170X245 mm
448 páginas
ISBN 978-989-8293-50-3
4.ª edição: setembro de 2023
Apresentação
Em cada domingo, celebramos a Liturgia e escutamos a Palavra de Deus, professando a alegria da fé. A Bíblia na Liturgia chama-se Lecionário, com importante referência ao Evangeliário, e é parte integrante do Missal e de toda a oração da Igreja. A continuidade ou a descontinuidade da tradição nem sempre é clara. Nos inícios era somente a Bíblia. Os métodos conhecidos testemunham as diferentes formas do Lecionário.
A Constituição conciliar sobre a Sagrada Liturgia recomendou: «A fim de preparar para os fiéis a mesa da palavra de Deus com maior abundância, abram-se mais largamente os tesouros bíblicos, de modo que, dentro de um determinado período de tempo, sejam lidas ao povo as partes mais importantes da Sagrada Escritura» (SC 51). Na fidelidade a este propósito, o Lecionário dominical apresenta uma estrutura de três anos (A, B, C).
Por isso, a importância do ambão é também ritual na medida que reconduz ao Livro da Palavra de Deus: «Os livros que contêm os textos da Palavra de Deus, tal como os ministros, as ações, os lugares e as outras coisas, suscitam nos ouvintes a recordação da presença de Deus que fala ao seu povo. Há de procurar-se, por isso, que também os livros, que na ação litúrgica são sinais e símbolos das realidades do alto, sejam realmente dignos, asseados e belos. Como a proclamação do Evangelho é sempre o ponto culminante da liturgia da Palavra, a tradição litúrgica, tanto no Ocidente como no Oriente, desde sempre estabeleceu uma certa diferença entre os livros das leituras. Com efeito, o livro dos Evangelhos, elaborado com o máximo cuidado, era adornado e gozava de veneração superior à dos outros livros das leituras. É, pois, muito conveniente que, também nos nossos dias, pelo menos nas catedrais e nas paróquias e igrejas maiores e mais frequentadas, haja um Evangeliário, ornado com beleza, distinto de outro qualquer lecionário. Com razão este livro é entregue ao diácono, na ordenação, e é imposto e sustentado sobre a cabeça do eleito na ordenação episcopal» (Ordenamento das leituras da Missa 35-36).
De facto, a primeira tradução foi aprovada como texto provisório e publicada em fascículos. A segunda edição típica latina, 21 de Janeiro de 1981, apresentou alterações significativas nos Preliminares e passou a usar o texto da nova Vulgata. Por este motivo, procedeu-se a uma revisão dos Lecionários em uso. Esgotada a terceira edição de 2014, publica-se, agora, uma quarta edição, que mantém o texto anterior sem alterações, na expectativa duma versão oficial da Sagrada Escritura pela Conferência Episcopal Portuguesa.
Braga, 15 de agosto de 2023
Solenidade da Assunção da Virgem santa Maria
X José Manuel Garcia Cordeiro
Arcebispo Metropolita de Braga
Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade