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Rezar pelos salmos

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Com IVA

Autor: D. Manuel Madureira Dias

Tamanho: 160X230mm

N.º de páginas: 328

ISBN 978-989-9081-56-7

Coleção: Verbum caro – 12

Excerto e Índice »

«Precisamente porque Jesus se serviu dos salmos, em muitas ocasiões da sua vida e ministério, é que me pareceu que estes apontamentos poderiam ajudar alguns irmãos na fé a olhar para os salmos com um olhar mais cristão e a servir-se deles na sua oração.

Eu próprio senti dificuldade em orar pelos salmos, e tentei encontrar, à minha maneira, um modo de me servir deles como fonte de inspiração para falar com Deus e escutar o que Ele tem para me dizer, tanto mais que todos os dias rezo vários salmos, seguindo o esquema da Liturgia das Horas» (D. Manuel Madureira Dias).

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Apresentação

As realidades fundamentais para a espiritualidade litúrgica, atuada pelo renovamento litúrgico do Concílio Vaticano II são: a celebração dos sacramentos, o uso dos Salmos, a frequência da leitura orante da Bíblia (lectio divina), a experiência de uma assembleia orante, a consciência e familiaridade com os grandes textos dos Padres da Igreja e dos escritores eclesiásticos.

Rezar pelos Salmos e com os Salmos é hoje, uma necessidade para um cristianismo que se destaque principalmente pela arte da oração bíblica e litúrgica.

O Saltério, composto pelos autores sagrados do Antigo Testamento, é o grande livro de oração da Liturgia das Horas, contendo as palavras que o Espírito de Deus oferece à humanidade. O próprio Jesus Cristo rezou esta palavra. Nós rezamo-la no Espírito e com o Espírito, como a Liturgia sempre reza, isto é, ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

Como bem recorda a Instrução geral sobre a Liturgia das Horas: «os Salmos nem são leituras nem orações em prosa, mas poemas de louvor» (n. 103). Estes cânticos eram acompanhados ao som do saltério e continuam a cultivar os corações dos que os salmodiam ou escutam na Igreja orante.

S. Bento, da sua Regra, referindo-se diretamente à oração dos Salmos deixou esta fórmula: «mens nostra concordet voci nostrae». De facto, na Liturgia, a palavra precede o pensamento e, por tal, o coração deve adequar-se à voz. Normalmente, o pensamento vem antes da palavra, mas na oração dos Salmos acontece o contrário.

A vida em Cristo, começada na existência e presente pelos mistérios da Iniciação Cristã, será perfeita na vida futura, onde ouviremos a Voz do Silêncio de Deus. Não existirá verdadeira espiritualidade litúrgica sem a experiência viva destas palavras: «Vos damos graças, porque nos admitistes à vossa presença, para Vos servir nestes santos mistérios» (Oração Eucarística II).

Na verdade, «o Livro dos Salmos é também metáfora da existência humana, que se desenrola entre bênçãos, alegrias, dores, gritos, maldições, louvores, para, finalmente, chegar ao Aleluia que, por vezes é, também a última palavra da vida; aquela que segue o ámen, porque, se já é muito bonito deixar esta terra com um humilde “assim seja”, ainda é mais bonito deixá-la com um aleluia, com um último, infinito, obrigado» (Luigino Bruni, A alma e a cítara).

Estamos profundamente gratos ao estimado D. Manuel Madureira Dias, Bispo Emérito do Algarve, por mais este belo contributo para a pastoral e espiritualidade bíblica e litúrgica. Além dos seus muitos escritos pastorais no exercício do ministério episcopal, muitos documentos da Conferência Episcopal Portuguesa tiverem a inestimável colaboração de D. Manuel.

Rezar pelos Salmos é mais um título do relevante serviço eclesial e pastoral de D. Manuel, que o Secretariado Nacional de Liturgia tem a alegria de publicar no enorme esforço de uma séria e vital formação litúrgica do Povo de Deus.

É admirável a sua humildade, quando o autor diz na conclusão: «Ninguém pretenda encontrar aqui, uma explicação científica dos salmos; ninguém assuma esta leitura como única ou como melhor que as outras. Se estas reflexões servirem de ajuda na oração a alguém, use-as, sabendo, de antemão, que elas não passam de uma leitura feita por um cristão que desejava rezar melhor pelos salmos e tentou encontrar, neles, para si mesmo, este modo de os rezar» (p. 317).

Os Salmos são uma reserva admirável para rezar pessoalmente e comunitariamente, se se rezam com Cristo, por Cristo e em Cristo nossa Páscoa e nossa Paz. Os salmos, belíssimos hinos, são «verdadeiramente a voz da Esposa que fala com o Esposo ou, melhor, a oração que Cristo, unido ao seu Corpo eleva ao Pai» (SC 84).

X José Manuel Garcia Cordeiro
Arcebispo Metropolita de Braga
Presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade

RPS

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Rezar pelos Salmos

Rezar pelo Salmos. Livro de Dom Manuel Madureira Dias

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